1 de janeiro de 2010

Hepatite C - Você tem certeza que não tem ?




5 anos de silêncio. É o tempo que passaríamos se fizéssemos 1 minuto de silêncio para cada brasileiro contaminado pela Hepatite C sem saber disso... Você tem certeza que não tem ?
A Hepatite C é uma doença traiçoeira, porque é silenciosa e em 90% dos casos não apresenta nenhum sintoma, avançando lentamente, sendo que em aproximadamente duas décadas, 25% dos contaminados desenvolverão cirrose hepática, uma das piores complicações no ser humano ou hepatocarcinoma (câncer do fígado).

A hepatite C é considerada pela Organização Mundial da Saúde como a maior epidemia da história da humanidade, atingindo, no mundo, mais de 200 milhões de pessoas contaminadas.

Chamada de Epidemia do Novo Milênio, a hepatite C, descoberta há somente 10 anos, já contamina no Brasil, segundo dados oficiais, 3,3 milhões de pessoas, e segundo estimativas dos médicos especialistas esse número pode chegar a 5 milhões de brasileiros. Isto significa que, de cada 33 pessoas, uma está contaminada com a hepatite C.
O terrível e perigoso é que a maioria não sabe que está doente.
A maioria dos atuais contaminados são pessoas que durante as décadas de 70 e 80 sofreram intervenções cirúrgicas e receberam transfusões de sangue ou hemoderivados.
Não existem vacinas para a hepatite C.
O tratamento disponível é a combinação de 2 medicamentos, que, além de ser muito caro e de ter sérios efeitos colaterais, não apresenta nenhum resultado em mais de 55% dos casos tratados.

Grupos de apoio formados por portadores estão sendo formados no Brasil, para poder realizar um trabalho de divulgação e conscientização similar ao que foi feito com a AIDS nos anos 80, obrigando o Governo a tomar as medidas necessárias para enfrentar este grave problema de saúde pública.
Transmissão da hepatite C:
A Hepatite C não é uma doença socialmente transmissível, como a Hepatite A.
A única forma de transmissão se dá através do contato direto com sangue contaminado – isto é – injeções, objetos cortantes, instrumentos cirúrgicos mal esterilizados, hemodiálises, tatuagens, piercings, entre outros. A transmissão por via sexual não ocorre, mas se você considera que sua vida sexual pode ser um risco – use camisinha! 

Antes de 1990, médicos não podiam analisar o sangue para a hepatite C e algumas pessoas receberam sangue contaminado. Qualquer um que tenha recebido transfusões de sangue ou tiver sido submetido a um transplante antes de1992,devera ser testado para anti-corpos do HCV. 
Tratamento da hepatite C:
O Brasil possui hoje o que há de melhor a nível mundial para o tratamento da hepatite C para interromper o processo inflamatório e fibrótico do fígado e prevenir o desenvolvimento de cirrose e hepatocarcinoma.

Os últimos 10 anos são testemunhos dos avanços no tratamento da hepatite C crônica. Embora a eficácia dos tratamentos disponíveis ainda seja muito modesta, os estudos têm comprovado inequívocos benefícios do tratamento a curto e médio prazo.

Em vista dos potenciais benefícios, é consenso que os pacientes com hepatite C crônica devam ser tratados.
Os medicamentos atualmente disponíveis para o tratamento da hepatite C são o interferon e a ribavirina. A combinação destas duas drogas representa hoje o tratamento padrão para a hepatite C. O tratamento pode durar de seis a doze meses. O sucesso do tratamento varia conforme o genótipo do vírus, carga viral e estágio da doença determinado pela biópsia hepática. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde, através das Secretarias de Saúde.

Porém, a maioria das pessoas infectadas acabam chegando ao óbito ou a um transplante hepático sem ao menos saber que estava infectado.


Ante a falta de interesse do Governo, faça você mesmo a sua parte, tomando cuidados para evitar a disseminação da hepatite C. Se necessitar de maiores informações não hesite em perguntar a seu médico.



Vamos acabar com a desinformação e o estigma. Colabore, divulgue esta mensagem.

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